Comemora-se hoje o DIA DO ADVOGADO, em Castelo Branco, com várias iniciativas e a presença do Bastonário, Marinho Pinto.

Para saber mais sobre as comemorações, pode ler aqui.

Fonte: Ordem Advogados

 

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SÃO IVO

 

O PADROEIRO DOS ADVOGADOS

Comemora-se todos os anos, a 19 de Maio, o Dia de São Ivo, mais conhecido entre as profissões jurídicas como o santo padroeiro dos advogados.

São Ivo, patrono dos advogados, discípulo de São Francisco de Assis e de São Tomás de Aquino, nasceu na Bretanha, França, a 7 de Outubro de 1253 com o nome de Yves Helouri de Kermatin, sua cidade natal.

São Ivo é também o santo padroeiro dos juízes e das crianças abandonadas.

Nascido no seio de uma família da pequena nobreza marcadamente cristã, desde cedo recebeu uma acurada educação humana e cristã.

Depois de realizados os seus primeiros estudos na sua terra natal, Yves foi enviado, em 1267, para a célebre Universidade de Paris, onde estudou Artes Liberais e Teologia.

Mais tarde, em 1277, Yves foi para Orleães, onde se especializou em Direito Civil e Direito Canónico. Após 14 anos de estudos, durante os quais brilhou entre todos os seus colegas, voltou para a sua Bretanha natal.

Após ter concluído os seus estudos em Direito em Orleães, assumiu funções como magistrado eclesiástico, lutando pelas causas da verdade e da equidade, com fidelidade à oração e ao trabalho.

Actuou primeiramente como Juiz Episcopal na cidade de Rennes, capital do Ducado da Bretanha, e depois em Tréguier, perto da sua terra natal. Cabia-lhe julgar todo o tipo de litígios, processos matrimoniais, contratos e heranças. Tudo excepto processos crime.

Paralelamente à sua acção como magistrado, Yves pôs a sua sabedoria e riqueza ao serviço dos numerosos pobres que, por falta de recursos, hesitavam em pleitear, inaugurando verdadeiramente um serviço de assistência judiciária e assim se transformando também em advogado dos fracos, dos miseráveis, dos órfãos e das viúvas, a quem passou a defender nos tribunais seculares da Bretanha e até no Parlamento em Paris.

A sua ligação aos pobres foi de tal modo intensa, que passou a viver entre eles e como eles, despojando-se de valores materiais e vestindo e alimentando-se à sua semelhança.

Alimentando-se só de pão e água, passando grande parte da noite em vigília de estudo e oração, não deixava, contudo, de percorrer longos caminhos ao encontro daqueles que dele necessitavam.

Pregando, orientando, consolando, escutando, reconciliando, decidindo, distribuindo o seu dinheiro aos pobres, atendendo os doentes, edificando uma casa para abrigar os abandonados, levando à sepultura os mortos, Yves granjeava uma cada vez maior admiração entre os seus contemporâneos.

À sua clientela ensinou ainda os rudimentos da religião e a ler e a escrever.

Foi canonizado pelo Papa Clemente VI em 1347, quarenta e quatro anos após a sua morte, ocorrida em 19 de Maio de 1303, e o seu culto alastrou-se rapidamente da Bretanha a toda a Europa.

Sepultado na Catedral de Tréguier e declarado santo patrono da Bretanha, era já no Século XVI particularmente venerado na França, na Alemanha e em Portugal.

O dia 19 de Maio, data da sua morte, ficou para sempre assinalado em muitos países como o Dia do Advogado, sendo comemorado com a realização de diversas cerimónias oficiais.

Em Tréguier, junto ao seu túmulo, reúne-se anualmente uma impressionante multidão de fiéis, constituída maioritariamente por advogados franceses.

 

BIOGRAFIA

– Frade Franciscano

– Era filho de Helori, lorde de Kermartin, e Azo du Kenquis.

– Aos 14 anos, foi à Paris, onde cursou filosofia e teologia, direito civil e direito canónico.

– Ordenado sacerdote, por quatro anos foi juiz eclesiástico na diocese de Rennes.

– Era chamado o Advogado dos Pobres.

– Residiu no solar de Kermatin que herdou dos pais. Nele se encontravam um hospital e um recolhimento para velhos e um orfanato para crianças abandonadas. Um dia livrou uma pobre mulher da prisão, quando lhe faltava apenas o veredicto final.

– Não houve, enquanto viveu, advogado de tanto renome e homem mais estimado na Bretanha.

– Vinham ter com ele os ignorantes, pobres e servos que os senhores oprimiam e que Ivo defendia. Santo Ivo granjeou a estima de todos pela integridade de vida e pela imparcialidade de seus juízos.

– Ele próprio ia buscar nos castelos o cavalo, o carneiro roubado dos pobres sob o pretexto de impostos não pagos

– Patrono dos advogados, Santo Ivo entregou-se à defesa dos miseráveis e oprimidos, contra os poderosos.

– Dizia, então: “Jura-me que a sua causa é justa e eu a defenderei gratuitamente”.

– Notabilizou-se, principalmente, por dedicar a sua erudição à defesa, nos tribunais, de toda a minoria deserdada de fortuna.

– Os seus emolumentos, quando exerceu as funções oficiais de Juiz de Rennes, eram oferecidos aos pobres, para que fossem usados em sua defesa.

Fonte: Coimbra Editora

 

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